Ora vejamos: o treinador do Belenenses, Carlos Carvalhal, diz que até do banco viu o penalty; Trapattoni, treinador do Benfica, diz que na televisão lhe pareceu penalty; JoséManuel Freitas, aqui em A BOLA, achou o penalty tão flagrante que não hesitou em puxar para título da crónica do jogo a opinião de que o árbitro foi o protagonista do jogo. Foi? Eu acho que não. Tirando esse lance, em que ele, a cinco metros da jogada, não viu o que Carvalhal diz ter visto do banco, o árbitro não teve qualquer decisão com influência no jogo.Oque faz com que, de facto, tenha havido outros intérpretes principais. Desde logo mais uma triste e apagada exibição do FC Porto, salva por um canto teleguiado do Quaresma e uma cabeçada fulminante do Costinha. Depois — facto que apareceu como despiciendo em todas as críticas — a ainda pior exibição do Belenenses, que até ao minuto 85 não criou a mais pequena veleidade de oportunidade de golo e que, no fim, queria empatar com um penalty caído do céu (e é clássica esta tentação de transferir para o árbitro a responsabilidade pela incompetência própria). E, finalmente, se querem um protagonista sério, porque não Vítor Baía, que, com duas defesas fantásticas, quando finalmente o Belenenses ousou rematar à baliza (de livre, claro),mostrou que, contra ventos e marés, como dizia o ex, continua a ser o melhor guarda- redes português?
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
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